Do amor pouco sei e quase tudo espero!!!

Amando eu me acalmo e me desespero...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

02 de agosto de 2008

Aula ao sábado, ninguém merece!
Mas, lá fui eu.
Quando entrei na sala e o vi... Nossa! Estava lindo!
Eu acostumada a vê-lo sempre de terno (confesso que sempre muito elegante) estava vendo-o de calça jeans, uma combinação de jeans com camisa e um sapato esporte que combinava perfeitamente com o cinto...
Sim, sou muito detalhista!


Sinal, intervalo.
Uma mulher que estava assistindo a aula o chamou para conversar, estavam bem perto de mim e fiquei ouvindo a tal conversa. Pareciam bem amigos, falando assuntos pessoais. Ela perguntou sobre o relacionamento dele, como estavam as coisas, se ele já havia resolvido tudo... Fiquei surpresa ao ouvi-lo dizer: “Sim! Tudo resolvido! Estou solteiro agora!”.
Pela conversa toda, era claro que as coisas não estavam bem fazia um tempo.
Resolvi sair um pouco, tomar uma água antes que começasse a aula. Estava saindo quando ouvi chamarem meu nome...
- Laura!
- Oi professor!
- Posso falar com você?
- Claro!
Ele se sentou em uma cadeira e puxou outra pra que eu sentasse bem na sua frente. Segurou minha mãe e acariciando-a disse:
- Que bom que você veio... Queria agradecer o e-mail que me mandou no meu aniversários, muito lindo.
- Ahhh imagina, só escrevi o que realmente penso e fico feliz por ter gostado. Mas, você nem deve lembrar dele direito.
- Claro que sim!
Com suas palavras e de forma sintática ele me diz tudo que escrevi, fiquei pasma! E voltou a agradecer:
- Obrigado mesmo!
Eu já morta de vergonha, bochechas coradas e sorriso tímido. Nesse exato momento senti meu coração bater mais forte! Sabia o que aquilo iria gerar em mim... Não pensei em nada, apenas o quanto era bom sentir aquilo depois de tanto tempo jurando não ter mais coração!
Naquele momento não existiam outras pessoas, parecia que ali estávamos somente eu e ele conversando. Não havia nenhuma preocupação sobre o que estava sendo dito, se alguém estava ouvindo...
Fomos interrompidos por um aluno com dúvidas. Aproveitei pra sair um pouco da sala, tomar uma água.


Sinal, a aula continua!
E durante a aula repetidas vezes o professor enfatizou que iria dar aula à tarde em outra unidade e se alguém quisesse assistir, estava convidado!
E eu com meus botões pensando...
“Além da matéria ser difícil e uma aulinha extra cair bem, podia unir o útil ao agradável. Afinal posso vê-lo novamente à tarde!”
Seria exatamente isso que iria fazer, estava decidida!


Sinal, fim de aula!
Enquanto todos iam falar com o professor, agradecer pelas aulas, tirar dúvidas finais. Eu arrumei minha coisas e saí mais do que depressa da sala, corri ao banheiro!
Dar uma escovada no cabelo, passar um gloss, um retoque na make up...
Ao sair do banheiro reparei que não havia mais ninguém na sala nem no corredor, somento o professor vinha caminhando meio cabisbaixo e lentamente.
Foi então que, mesmo tímida, fui falar com ele.
- Professor!
Ele levanta a cabeça com semblante tristonho, olha pra mim e abre um sorriso.
- Laura!
- Você vai dar aula sobre o que mesmo à tarde?
- Ahhh sobre fato jurídico! E você o que vai fazer à tarde?
- Então estava pensando em ir estudar em casa, mas tenho dúvidas sobre essa matéria.
- Assiste minha aula!
- É, quer saber acho que é melhor do que ficar com dúvidas.
- Preciso passar no pedagógico, vamos comigo?
- Claro!
E lá estava eu o acompanhando e pensando: “Bom daqui eu pego o metrô, faço baldeação e tenho que descer na...”.
- Laura?
- Oi!
- Meu táxi vai demorar um pouco à chegar, vamos até a cantina?
- Pode ser...
- Quer algo?
- Não obrigada!
- Nada? Uma água, chocolate, um lanche?
- Não, nada! Obrigada!
Passado um tempo toca seu celular, ele atende e com meia dúzia de palavras desliga.
- Meu táxi chegou! Vamos?


Saímos do prédio, na porta alguns alunos esperando suas respectivas caronas e estacionado bem na porta estava o táxi.
Ele abriu a porta de trás e gesticulou com a mão pedindo pra eu entrar. Entrei, ele fechou a porta e foi no banco da frente, ao lado do taxista.
- Seu João essa é minha amiga Laura, Laura esse é o João! Ele me leva sempre que estou cansado demais para dirigir!
- Prazer!
- O prazer é meu! Disse o taxista.
- Seu João a Laura além de amiga é minha aluna, o senhor já sabe vamos pra outra unidade. Mas, por gentileza, o senhor pode parar a rua de trás?!
- Claro!
Chegamos a tal rua, ele pagou o táxi.
- Obrigado! Disse ele.
- Obrigada, tenha um bom dia! Disse eu.
- Laura, antes de irmos pra aula vamos comer algo?
- Pode ser...

Foi aí que entendi o motivo pelo qual ele pediu para o taxista parar na rua de trás.
Entramos num restaurante que tem ali, muito bom por sinal.
Ao sentar ele olhou pra mim e disse:
- Posso te pedir um favor?
- Claro professor!
- É justamente isso, pare com essas formalidades, me chama de Ma ou Marcelo, mas não precisa ficar me chamando de professor!
Sorri, estava muito envergonhada.
- Vou tentar, pois me habituei a chama-lo assim!
- Ok, me dê licença que vou ao toalete!
Durante todo o almoço se portou como um cavalheiro! Conversamos sobre diversas coisas, mas nada muito pessoal. De repente meu celular tocou, olhei no visor e vi que era meu pai, pedi licença e atendi. Durante o tempo da ligação percebi que ele prestava atenção nas coisas que falava ao telefone.
Ao desligar me desculpei.
- Desculpa, era meu pai! Sabe como é sou filha única ele se preocupa...
- Sem problemas linda!
- Me fale sobre seus pais.
Pronto, ele fez questão de entrar em assuntos pessoais. Eu comentei coisas sobre meus pais, mas nada além do básico.
- Seu pai é bravo? Perguntou ele.
- Meu pai? Imagina é um amor de pessoa!
Ele havia pego meu ponto fraco, papai! Sou fã número um dele e elogios a sua pessoas é o que não deixo de fazer. Depois de tudo que eu disse o Ma concluiu: “Seu pai seria um excelente sogro!” e sorrio.
Nesse exato momento percebi que a conversa mudará de direção. Ele começou a tecer elogios à minha pessoa e fez questão me deixar algo muito claro:
- Sabe, quando falei que ia dar aula à tarde não queria que mais ninguém viesse além de você!
- Mais ninguém?
- Não! Você chamou muito minha atenção, queria te conhecer melhor!
- Mas, você não vive com outra pessoa?
- Não mais! Não estava dando certo e agora ela esta nos Estados Unidos, vai ficar por lá uns 10 dias. Mas já está tudo acabado. Confesso que na penúltima aula eu ainda estava com ela. Só que você chamou tanto minha atenção, nunca senti isso por aula alguma...
- Tá bom! Até parece, você conhece muitas pessoas bonitas e interessantes.
- Realmente, você tem razão. Mas não tenho motivos pra mentir sobre isso, nunca ninguém chamou tanto minha atenção quanto você!

Ao término do almoço ele pediu a conta e pagou. Por mais que eu ache que é assim que as coisas devem ser, hoje em dia, não é normal acontecer.


Fomos pra aula, na porta da sala sempre fica uma moça que confere se o seu nome está na lista. Ele cumprimentou-a e avisou que eu estava com ele, assim ela liberou minha entrada.
Passada a primeira parte da aula...

Sinal, intervalo!
- Laura!?
Uma voz familiar me chamava. Olhei pra ver quem era.
- Kelly!
Não podia acreditar que ela estava ali, tinha trabalhado comigo num escritório. Tipo de pessoa que fala sem parar e não deixa ninguém falar, sem educação e sem contar a mania horrível de ficar falando pornografia, mesmo sem conhecer direito à pessoa.
Conversamos um pouco no intervalo o Ma olhou espantado e assim que ela foi ao banheiro me perguntou se éramos amigas. Expliquei de onde à conhecia, pois não era minha amiga.
Não é o ser grudou em mim que nem carrapato!
A infeliz coincidência dela estar na sala em que eu estava assistindo aula.
Ìa começar a segunda parte da aula, fomos até a sala.

Sinal, término de aula!
Já era começo de noite, minha mãe havia dito que iria me buscar só que demoraria um pouco.
O Ma resolveu ficar me fazendo companhia e óbvio o carrapato junto!
Ela começou a se insinuar pra ele, falar suas pornografias... Enfim, vulgar como ela só.
Minha mãe eatava chegando, tinha que descer, descemos os três. Ela foi pegar o metrô, ele ia encontrar um amigo e eu aguardava minha mãe, alguns minutinhos em que ele me abraçou e sussurrou em meu ouvido:
- Obrigado! Adorei a companhia!
- Eu quem agradeço, adorei a companhia e as aulas!
- Me passa teu MSN?
- Faz assim eu tenho seu e-mail e te adiciono assim que chegar em casa ta bom?
- Está bem! Preciso ir, meu amigo me aguarda!


Ganhei um abraço delicioso e um beijo, no rosto...

sábado, 27 de dezembro de 2008

Como nada é por acaso...


A aula do dia 17 seria, tecnicamente, minha última aula com ele. Mas, no meio da semana eu e todos da sala recebemos a notícia...

“Sábado dia 02/08 haverá aula para complementar a matéria que ficou faltando”.

Até então tudo bem, nada demais havia ocorrido entre eu e o professor, apenas um elogio!
Sem contar que durante todas suas aulas, sempre quando ia dar um exemplo de algo, fazia questão de comentar sobre a pessoa com quem vivia e dizia à todos, em União Estável.
Por esses motivos levei seus comentários sobre minha pessoa, na aula anterior, como um elogio.
Todos sabemos que houve algo além, mas por ele ter uma companheira não era certo!
Além do mais após 16 dias ele nem ia mais lembrar do que havia me dito.
Antes da última aula ele fazia aniversário e fez questão, julgando ser aquela sua última aula, de passar seu e-mail e pedir para quem lembrasse o cumprimentar.
Dia 23/07, seu aniversário. Lembrei e mandei um e-mail mais ou menos assim:

“Professor,
Venho por meio deste lhe desejar parabéns! Muitas felicidades, paz, saúde, alegrias, sucesso...
Que você conquiste tudo que almeja, pois mesmo o conhecendo pouco sei que é um grande merecedor.
Vou aproveitar o e-mail pra falar algo que desde sua primeira aula reparei e chamou muito minha atenção, sua paixão! A paixão que você demonstra pelo que faz!
A forma como fala sobre o direito é apaixonante!
Me atrevo a dizer que seus olhos brilham quando está dando aula.
São profissionais assim que fazem falta hoje em dia, pessoas que gostam realmente do que fazem e não estão ali apenas por dinheiro.
Confesso que a postos na sua matéria que gosto, mas a maioria sempre foi complicado pra mim.
Mas... Eu estou entendendo!
Sério professor, quando vou estudar e começo a ler o caderno percebo que eu realmente sei o que estou estudando e não tentando aprender, como acontecia.
Então, além de parabéns pelo seu aniversário, quero dizer "muito obrigada"!
Mais uma vez...
Parabéns!
Feliz aniversário!
Beijos...”

Como resposta algo bem simples.
“Muito obrigado pelo carinho.
Um beijão.”

Não vou negar sempre, desde o primeiro dia de aula, tive admiração por ele e cada palavra escrita no e-mail de felicitação foi 100% verdadeira.
Nada além da relação aluno/ professor.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

17 de julho de 2008

Lá estava eu, sentada assistindo mais uma aula e daquele professor era a última!
Meus pensamentos eram sempre direcionado à outra pessoa. Ele vive em outra cidade, mas nós nos falamos todos os dias.
A alternativa econômica para tais conversas era o skype. Aliás, foi por intermédio deste que havia conhecido-o e uns meses. O tempo foi passando as conversas aumentando... Quando percebi estava recebendo sms e ligações em meu celular, do outro lado aquele sotaque típico, voz de garotão, dizendo que me adorava e que viria me roubar pra ele. Tudo muito gostoso!
E com o tempo me apeguei à ele e assim, passou a fazer parte da minha vida e se um dia não conseguíamos nos falar pelo skype sempre um ligava pro outro dizendo já estar com saudades.
Estava eu naquela aula, prestando atenção em casa palavra. Matéria difícil, pelo menos pra mim, e no meio de tanta informação eis que surge uma dúvida.
- Putz! E agora? A sala está lotada, não quero perguntar na frente de todos.
Sinal, intervalo!
Antes de sair da sala fui falar com o professor e esclarecer minha dúvida, estava com uma amiga.
Ele é novo, formado e aos 28 anos dando aula!
Dúvida esclarecida.
-Obrigada!
Estava me retirando quando ele chamou minha atenção, me virei pra ver o que queria.
Fui surpreendida
- Nossa você tão iluminada! Estou dando aula, mas parece que só consigo ver você na sala!
Sorri, um sorriso tímido.
- Imagina...
Sai, fui até a cantina. Passado 20 minutos de intervalo, retornei à aula.
Lá estava eu, novamente sentada prestando atenção na aula.
Mas, algo inusitado aconteceu...
Professor falando, eu prestando atenção, de repente me dei conta de que ele esta olhando pra mim e retribui o olhar. Ficamos alguns segundos nos olhando.
A sala começou a reclamar!
- Continua a matéria!
Morrendo de vergonha e com as bochechas vermelhas e aquele sorriso meio sem jeito.
- Desculpa me desconcentrei!
E olha pra mim!
Não me contive abaixei a cabeça e comecei a rir, discretamente mais ri.
Ninguém além de nós percebeu o ocorrido, momento nosso! Secret!
Sinal, fim de aula!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Lágrimas que não querem secar.

Lágrimas caem rolam no rosto
Coração bate acelerado já de saudade
Tu segues a tua vida porque eu não…
Mas mesmo assim a saudade continua
Caem lágrimas, caem agora
Varias lágrimas choradas
Não serão as ultimas
A banhar-me o rosto
Lágrimas de saudade
As últimas Lágrimas!


E aqui estou eu, sentada aos prantos na frente do computador...
Fazia um tempo que não chorava tanto, mais precisamente desde que comecei a terapia, e hoje está impossível conter as lágrimas.
O motivo de tanta tristeza?
Resumidamente é a decepção!
Decepção comigo mesma e com os outros.
Comigo, pois jurei à mim mesma que não iria permitir que ninguém mais brincasse com meus sentimentos. E com os outros, porque as pessoas que confiei e fui verdadeira em relação aos sentimentos não deram valor.
A verdade é que de todas as pessoas que me magoaram existem uma em especial na qual meu coração batia mais forte...
Essa história se iniciou, mais precisamente, em 17 de julho desse ano.
But...
São cenas de uma próximo capítulo ou melhor escritas de um outro post!


Nesse momento, uma música não sai da minha mente...
Titãs - Flores


Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados e o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado e embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas o soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte a dor vai fechar esses cortes
Flores, flores, as flores de plástico não morrem
Olhei até ficar cansado de ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados e o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado e embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas o soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte a dor vai fechar esses cortes
Flores, flores, as flores de plástico não morrem
Flores, flores, as flores de plástico não morrem

 
©2007 '' Por Elke di Barros